sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

José Sócrates Cardinalli?

Tenho notado que há cada vez mais pessoas a assistir aos debates políticos quinzenais com o primeiro-ministro. E deliram! Eu própria já aderi à moda. E, juntos, rimo-nos imenso com as "tiradas" dos senhores deputados e dos senhores ministros. Estarão estes debates a ser confundidos com espectáculos de circo?
Sócrates é o ilusionista de serviço e às vezes também faz de malabarista, embora haja números que começam a cansar. Eu acho que o senhor primeiro-ministro podia esforçar-se um pouco mais para oferecer números mais... originais. Ideias-chave como "isso é pura demagogia" ou "no tempo da sua governação era pior" são boas ideias. Mas podia haver mais alguma ideia além destas em discursos vazios que Sócrates insiste em proferir. Por exemplo: "verdade" ou "humildade". Sim... eu sei que a verdade não é o forte do ilusionista... mas quando esse ilusionista governa um país (precário) a coisa deveria mudar de figura. Ou seja, o ilusionista deveria deixar de sê-lo para passar a ser talvez um voluntário das boas acções (haverá profissão mais honesta do que esta?).
Os outros políticos também podem ser equiparados a outras estrelas do circo. Jerónimo de Sousa poderia ser um dos cãezinhos amestrados, por exemplo. Louçã, por que não, seria um leão raivoso e Portas seria o amestrador que às vezes mete a cabeça na boca do leão... e às vezes arrepende-se, é comido pelo leão, e chega a perder a cabeça! Santana Lopes, outro dos protagonistas, seria o equilibrista... que cai, cai, cai... e, de repente, ergue-se de novo e volta às luzes da ribalta (ninguém sabe bem como). Os Verdes, coitados, são os que tratam os animais. Mantêm-se no backstage, protegem os direitos dos animais e fazem tudo para que eles não sofram... por isso se opõem aos reais artistas do circo, mas chamam pouco a atenção.
A própria assembleia fica ali em redondo, tal como uma tenda de circo. Tem um moderador, o presidente da assembleia, Jaime Gama, qual apresentador do espectáculo, e uma data de gente do público, que são aqueles que estão sentados e passam a vida a dizer "muito bens" que acabam por ser interceptados pelos microfones. Outros, menos entusiásticos, acabam a dormir ou a falar com os colegas do lado sobre outros assuntos. Em garota, isso também me acontecia!

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Filme: Jumper

Um dia, um jovem descobre que tem o dom de se teletransportar. E usa esse dom com proveito próprio até conhecer outros da mesma espécie. Egipto, Itália e China são apenas alguns dos panos de fundo do filme Jumper e, na verdade, a única coisa que este filme tem de bom. Efeitos especiais escassos e fracos, suspense não conseguido, argumento bastante frágil e um drama que mais facilmente se torna comédia são as principais características de Jumper, ideal para ver por uma criança de 10 aninhos num domingo à tarde, em casa. Nos Estados Unidos, Jumper alcançou bons níveis de vendas, provavelmente devido a um trailer enganador (e mesmo o trailer consegue ser mauzinho) e por (consta por aí) um QI certamente baixo dessa população americana que viu o filme e gostou. Porque o filme falha também nesse capítulo tão importante: prender o espectador. Espectador, de facto, porque já esta à espera... à espera do que vai acontecer.

Frases mais parvas da semana

Hugo Chávez, a propósito da abdicação do poder por Fidel Castro: "este é mais um acto de coragem que demonstra que Fidel não estava agarrado ao poder" (okay... ele esteve no poder durante 50 anos... e já está completamente velho caquético... e anteriormente, quando teve numa situação de saúde perigosita passou o poder ao irmão... mas naaaa, não está agarrado ao poder! "por que no te callas?")

Moça burra e xoxa e ligeiramente alcoolizada encontrada numa discoteca pela SIC, numa reportagem sobre os barmans: "O barman é aquela pessoa que sabe conversar e socializar, mas, acima de tudo, é muito simpático e, normalmente, bonito" (eeeerrr... estamos a falar de quê mesmo? Políticos candidatos a presidente?... Barmans????? Isso não são aqueles que servem bebidas na noite?)

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Mais essa... as finanças

Esperar 1hora e 30 minutos nas finanças não foi nada que me admirasse... Agora esperar 1hora e meia nas finanças e não conseguir resolver a situação, aí já me irrito. Até porque me aconselharam a contornar a lei... nas próprias finanças... E português que é português, tenta sempre contornar a lei.
A questão que se punha eram os recibos verdes. Para passar um recibo verde tenho que "dar início à actividade" nas finanças. Dar início à actividade implica que comece a pagar impostos, embora tenha um primeiro ano de isenção. Mas eu não tenho propriamente actividade. Tive apenas uma única actividade, pelo que posso fazê-la como um "acto único", que já não me obriga a meter o IRS, mas, em contrapartida, me deconta 21% de IVA e exige que eu pague 31 euros e qualquer coisa. Ora, se a actividade me der um lucro de apenas 50 euros, imaginemos, descontam-me 10.50 euros e ainda pago os tais 31 euros e qualquer coisa. Isso dá-me um lucro de cerca de 8 euros. Agora, imaginemos que para exercer essa actividade tivemos que pôr dinheiro do nosso bolso. Deslocações, por exemplo. Aí, já não recebemos pelo serviço. Pagamos por ele.
Ou seja, sendo um "acto único", eu teria pouco lucro - no meu caso é mais de 50 euros que receberia originalmente. Só me compensaria dar início à actividade. O problema é: e se eu não conseguir mais nenhum trabalho o resto do ano? Poderia então cancelar o "início de actividade" posteriormente. Cancelando ou não a actividade, perderia a tal isenção de impostos, que me daria muito jeito quando um dia começar a trabalhar a sério. Aliás, este ano, a não ser que arranjasse emprego, não me compensaria nunca a isenção de impostos, porque as propinas da faculdade, só por si, cobririam todos os meus trabalhos remunerados. Portanto, do IRS, eu teria apenas dinheiro a receber.
O que me aconselharam nas finanças foi para ser outra pessoa a passar o recibo verde por mim... Tirem as vossas próprias conclusões daqui. Isto ultrapassa-me!

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Propaganda

No próximo sábado, a não perder (lol), a minha reportagem sobre o Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) do Rio de Janeiro na revista Única, do jornal Expresso. Irresistível! (lol)

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Entrevista de Sócrates

Por momentos, apeteceu-me penetrar o ecrã da televisão e ir, eu própria entrevistar o nosso PM. Se ele me estava a irritar por fugir às questões e aprofundar explicações que ninguém queria ouvir de forma a fazer uma espécie de propaganda ao governo, também me corroía por dentro o facto de os dois entrevistadores continuarem tão serenos, fazendo as perguntas que Sócrates queria ouvir e sem ir ao cerne das questões. Ora, se Sócrates fala nos fantásticos postos de trabalho que criou, por que não lhe perguntam nada sobre como é que, então, o desemprego aumentou? Se Sócrates fala no quão maravilhosamente as suas reformas estão a ser aplicadas e em quão mais poupado e organizado está o nosso país, por que não lhe perguntam nada sobre qualidade de vida dos cidadãos portugueses individualmente?
O Primeiro-Ministro levou a lição bem estudada. Falou o mais que pôde, para evitar constrangimentos, e só se tornou mais tímido quando confrontado com os papéis de engenharia que assinou... "não perco tempo com essas coisas", afirmou. Mas não era ali que ia perder tempo! Porque os jornalistas perdem tempo com essas coisas. E é a perder esse tempo que ganham. Porque os portugueses querem saber dessas coisas. O senhor Primeiro-Ministro não perde tempo a dar explicações sobre os casos ilícitos em que se vê envolvido. Mas perde tempo e faz perder o tempo de todos os que assistem às suas entrevistas com auto-elogios e críticas às supostas demagogias da oposição de forma demagógica. É que foi nisto que se baseou a entrevista.


"Qual é o balanço que José Sócrates faz dos seus três anos de Governo, que se cumprem amanhã? Positivo, muito positivo. Que imagem tem o primeiro-ministro da sua acção e das suas políticas? Reformistas. Alguma coisa correu mal? Não, tudo correu lindamente.
Este é o resumo da entrevista que José Sócrates deu hoje à noite na SIC."
(Luciano Alvarez, in Público - 18/02/2008)



Recandidate-se, senhor Primeiro-Ministro. Recandidate! Essa moral e essa confiança já são um passo importante para a sua recandidatura. Não lhe prometo é que não tenha dissabores...

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Kosovo - sim ou não?

Lamento a minha ignorância relativamente às guerras que se passam no mundo. Não é definitivamente neste campo que o meu conhecimento incide mais, por isso peço desculpa se este post for muito ridículo. Espero que seja essa minha ignorância que me faça temer a independência do Kosovo e tudo o que se siga neste post sejam meras gafes...
Por um lado, fico contente por aquela população estar contente com a independência. Ao mesmo tempo, entristece-me que aquela população esteja contente. É impressão minha, ou esta nação independente vai ficar um tanto ou quanto dependente dos Estados Unidos? É impressão minha, ou isto é sobretudo uma vitória dos Estados Unidos, que começam a entrar, a pouco e pouco, na nossa Europa? É impressão minha, ou o Kosovo, uma das zonas de maior criminalidade e corrupção da Europa, vai agora passar a ser um novo paraíso criminal? É impressão minha, ou o facto de a Europa agora ter uma nação independente muçulmana pode comportar alguns riscos? É impressão minha, ou este povo vai sofrer muito até conseguir impôr-se, organizar a vidinha, começar a produzir coisas, a trabalhar, arranjar dinheiro para comer, etc? É impressão minha, ou a Sérvia, nada satisfeita com o sucedido, pode atiçar-se ao Kosovo, o que pode, em última instância, gerar uma guerra mundial (com EUA de um lado e Rússia do outro)?
Sou um bocado drástica... Aliás, acho escandaloso que uma região consiga independência de um país que não lha concedeu... Por que são os outros países a decidir isso? (esta questão parte mesmo da minha ignorância...)
Quais são, afinal, os benefícios deste novo país? A Espanha, por exemplo, não lhe reconheceu independência... Mas, claro, eles têm o País Basco à perna... Não entendo...

domingo, 17 de fevereiro de 2008

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Esse drama... o DESEMPREGO

Todos temos consciência de que há dois grandes partidos em Portugal. Grandes por arrecadarem sempre mais eleitores, grandes por conseguirem sempre chegar ao poder de forma quase rotativa e grandes por estarem normalmente envolvidos em grandes escândalos.
Mas agora há uma novidade. O PS financia um novo partido. Não, não é o Bloco de Esquerda... ou talvez também, nunca se sabe... É um partido que arrecada mais apoiantes já do que o Bloco, o PCP ou o PP. Chama-se DESEMPREGO.
O Desemprego já conquistou 8% dos votos. Muito tem a agradecer à campanha do governo em seu favor. Aliás, em 7 anos, o Desemprego duplicou o seu impacto na população. Mas os portugueses começam a ficar fartos dele. Então, se assim é, como é que ainda consegue tanta percentagem de votos? Como consegue ele ter mais eleitores do que o 3º maior partido? (sim, porque eu, por exemplo, não entro na percentagem e há muitas pessoas na minha situação... como nunca trabalhámos a sério, nem sequer estamos inscritos no centro de emprego, então não contamos como cidadãos... é justo!) A resposta é óbvia. O governo, mais uma vez, está a cometer crimes escandalosos para ajudar o seu subsidiário Desemprego: tráfico de influências, branqueamento de capitais, ofensa à honra e censura. (entre outros, com certeza, mas eu não sou de Direito).

Sondagens para as próximas eleições:
PSD - 35%
PS - 35%
Desemprego - 500%

Mais um post sobre a Maria de Lurdes




















Só para que ninguém tenha dúvidas... o amor é lindo!

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

A Maria de Lurdes é uma atrasada

Eu sei que acabei de postar, mas... Não consigo conter a minha indignação. A Maria de Lurdes é completamente louca!!!! Sempre a espingardar!
Num espaço de 24 horas, duas bombas: acaba o ensino especial (para alunos com deficiência, portanto) e é extinto o ensino especializado em música no 1º ciclo. Que deficientes não sejam assim muito necessários em Portugal eu ainda entendo mais ou menos... mas também não precisamos de músicos??
E agora, cara senhora ministra, e de si? Será que precisamos de si?? Eu não preciso de certeza...

Tinoni

Isto agora é que vai ser... As ambulâncias vão aí andar todas doidinhas a correr para chegar às urgências de um qualquer hospital provavelmente longínquo para que não haja ninguém a morrer naquela maca da nova sala de espera dos doentes- as bagageiras das carrinhas do INEM. Sim, porque se, por acaso (ou não, talvez não seja por acaso), o número de óbitos dos que vão em direcção a urgências de hospitais aumentar, tenho cá para mim, que a situação ficará associada à incompetência dos médicos. É o ensino... O ensino está muito mal em Portugal e forma, entre outros, muitos maus médicos - médicos que só conseguem salvar as pessoas se estiverem nos hospitais e com os meios suficientes para tratar os problemas... coitadinhos!, andaram na faculdade por ver andar os outros! Então não deviam conseguir fazer estas coisas com o auxílio de apenas duas ou três máquinas, dentro de um lugar que não tem grande luz e exige um esforço de equilibrismo exacerbado para não cair nas curvas? Chumbados! E isso só vem reforçar a necessidade de avaliação dos professores baseada, inclusivamente, nas notas que eles dão aos alunos... Se derem melhores notas aos futuros médicos, então é sinal que eles vão ser melhores profissionais... Ups! Se calhar não! Se calhar isso significará que toda a gente passa de ano. E limpam as cadeiras todinhas... Ah! Estas minhas teorias, não liguem.
Bom, ensino à parte (vamos agredir ferozmente a Maria de Lurdes, pá!), e continuando portanto o assunto do encerramento das urgências dos hospitais, ups!, o assunto da incompetência médica, queria eu dizer, é melhor começarmos a ter cuidado. Sim. Cuidado. Conduzir nas estradas portuguesas quando andam aí ambulâncias desvairadas não vai ser nada fácil. Veja-se... ainda agora, a ambulância acidentada... Coitada, já não teve reparo... não chegou a tempo às urgências, ora essa! Andasse mais rápido! E acho que foi já previndo isto, que é perigoso para o comum dos mortais (sim, esta expressão é propositada - mortais) que esteja alegremente conduzindo a sua viatura, passando a passadeira (passo a redundância... outra vez), ou a comprar o jornal, ou a fumar um cigarro à porta de um café para não-fumadores, ou, quem sabe, calmamente deitado na maca da ambulância, que a Direcção Geral de Viação começou a ponderar um novo código da estrada. Não é por acaso que a velocidade máxima permitida passará a 30 km/h!
É a tal história. Tudo tem uma relação. Este governo, afinal, não é tão estúpido quanto se pensa!
O Zé Povinho critica, critica... mas apenas por prazer de criticar, pois, afinal de contas, tudo faz todo o sentido.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Carnaval

No rescaldo do Carnaval, ficam algumas fotos giras. Eu era qualquer coisa como uma rock star. Tenho pena de ter sido eu a pessoa mais ridícula do grupo.
Não entendo. Há sempre aqueles que dizem que se vão mascarar e não se mascaram. Há sempre aqueles que pensam e pensam e pensam no que se mascarar e acabam por deixar tudo para a última da hora, não obtendo máscaras tão conseguidas. Há sempre aqueles que rejeitam mascarar-se, mas, no final de contas, acabam a noite com os óculos da máscara dum, o cachecol do outro, o casaco do outro e com talvez uns copos a mais, a fazerem figuras tão tristes como se estivessem realmente mascarados. Mas eu gosto de viver o Carnaval em grande. Ou bem que não me mascaro, ou, se me mascaro, é para ser a sério.
Tenho a certeza de que a minha máscara não passou despercebida. Era bastante... chamativa. Mas, ao contrário de todos os outros dias do ano, eu não me importei. Porque quem me conhece é natural que olhe para mim. Quem não me conhece e me voltar a ver mais tarde não vai, de certeza absoluta, associar a minha vestimenta normal àquela terrível saia de toule e leggins cor-de-rosa fluorescente.
Além disso, há outra coisa que eu gosto. É o facto de poder adoptar outra personagem. Quem nunca quis ser rock star por um dia? Cantei, toquei o meu cavaquinho, abanei a maraca que, simultaneamente, servia de microfone. Usei roupas só admissíveis a rock stars (ou a rock stars wannabe, come eu no Carnaval). E o espírito proveniente desse alcance de um sonho (nem que seja por um dia) não é negativo, pois claro que não. E contagia! Contagia os outros mascarados, contagia os mais bebedolas, mas não aqueles que ali estão para "ver as vistas", sempre com ar entediado e um olhar de desprezo perante aquelas pessoas todas tão ridículas.Enfim, umas sete da manhã audaciosas para o regresso a casa, numa onda juvenil que quebra com o enterro do Entrudo e outros rituais carnavalescos - tradição já não é o que era!- resguardados por uma população mais crescida, mas menos ousada, mais conservadora, mas também animada. 2008 marcado pela chuva, frio e ventos que sopraram vingativos e estragaram as festas conterrâneas. Rock star, baby!

sábado, 2 de fevereiro de 2008

Sócrates

Bem, e como me ficaria muito mal não abordar este assunto... SÓCRATES! E agora, que já o abordei, já não me sinto tão mal. Neste momento, tenho muiiito muuuiito soninho. Talvez mais tarde volte a postar qualquer coisa sobre isto (até porque eu tenho opiniões firmes sobre o caso). Sócrates, Sócrates, Sócrates, Sócrates. Aquele, o senhor engenheiro José Sócrates que só assina os seus próprios trabalhos e que cumpre o regime de exclusividade como deputado. Ah! Ups! Afinal não é nada disso! Ora essa, é o senhor primeiro-ministro...
E outra coisa: jamais desconfiarei das descobertas do grande jornalista José António Cerejo. Precisamos de uma revolução!