segunda-feira, 31 de março de 2008
Clube das Jornalistas Desempregadas
domingo, 30 de março de 2008
Farinha
Está todo esfarelado
Farinha
O meu colchão
Particípio passado
Farinha
Dissipação
A casa de sempre
A casa ao lado
Grande e luxuosa
Particípio passado
Farinha
Voos mais baixos
Magnitude da paz
Farinha as estórias
O tempo ficou p’ra trás
Farinha, trigo moído
O tempo ficou esquecido
Prurido
Farinha
A minha caminha
O meu colchão
O meu lar
Moinho sempre a trabalhar
Mais farinha
Feita em farelos
Calço os chinelos
Magnitude da paz
O tempo ficou p’ra trás
Farinha.
Vinhetas do McDonalds
Aquela situação serviu para me mostrar que... não sou a única a ir ao Mac a pensar mais nas vinhetas do que na comida em si. Esse facto assustava-me, mas quando vi pessoas mais velhas a pretarem-se a certas figuras o medo desapareceu.
Eu não costumo ser destas modas. Colecções, cadernetas, jogos de azar nunca foram a minha onda. Na última vez que o McDonalds tinha feito esta coisa do Monopólio, era jocosamente que dava as minhas vinhetas à Marta e ao Hugo. Rebolava no chão do Mac, não por estar cheia demais, mas por rir ao ver a Marta e o Hugo a negociarem trocas de vinhetas com a criançada, correrem atrás das pessoas para não deitarem a bebida fora "porque tem a vinheta... não quer, pois não?".
Agora é a minha vez de tentar. Não me presto aos mesmos papéis que eles. Sei que nem assim eles ganharam alguma coisa. Sei que provavelmente também não vou ganhar nada além daquela tarte de maçã (eu nem gosto de tarte de maçã). Mesmo assim, se me apetecer um docinho e tiver um McDonalds por perto, então lá irei, não para comer um Sunday, como sempre fazia, mas sim para comer um McFlury, porque o Sunday não traz vinhetas. Mesmo para almoçar ou jantar comcei a ir mais vezes ao menu Big Mac do costume. Mas agora até peço o super menu, porque traz mais vinhetas - e apresento o meu caducadíssimo cartão de estudante que me deixa pagar por um super menu o mesmo que um menu normal. E faço o mesmo que aquela rapariga de 30 anos... Primeiro vejo e colo as vinhetas, só depois passo às trincas da obesidade maravilhosas.
E é frustrante faltar apenas uma casa em cada cor... Uminha!!
O Monopólio do McDonalds faz qualquer pessoa que a ele se dedique descer bastante o nível. Torna-nos bregas. Faz-nos pedir aos amigos coisas como "guarda as vinhetas para mim quando fores ao McDonalds". Conto com vocês, amigos... VINHETAS!!!
sábado, 29 de março de 2008
Impostos
Em Portugal, a crise já existia há muito. A subida dos impostos já começou faz tempo.
Quando a Europa admite a crise geral, o estado português diz: Vamos descer o IVA!!!! 1 por cento. 1 por cento que faz uma diferença grande para os cofres do estado. 1 por cento que não faz diferença nenhuma aos bolsos dos cidadãos portugueses. 1 por cento que não se vai notar nas compras básicas porque os comerciantes não se vão dar o trabalho de descer em 1 por cento o preço dos sapatos (vejamos, se uns sapatos custarem 30 euros, agora passariam a custar 29.70 cêntimos). Mas nem que se dessem a esse trabalho, não era lá pelos 30 cêntimos...
Isto significa que:
1) O PS começa a preocupar-se com a perda de votos eleitorais.
2) O PS quer criar uma teoria ilusória (aí está, Sócrates ilusionista) de que Portugal está muito melhor e até já ultrapassou a crise.
3) O PS já subiu tanto os preços de tantas coisas (até dos bens mais básicos- o pão está muita caro!), em tantos por centos, que não é agora o um por cento que vai fazer grande diferença - e, no final, já poderão dizer "ah! mas nós descemos o IVA!".
A sorte é que os portugueses já estão alerta para quem nos governa. Já não ouvi ninguém a felicitar o governo por esta medida. O mal já está feito, nada o remedeia. Já é tarde para este tipo de manobras políticas...
quinta-feira, 27 de março de 2008
Eurovisão à grande
Finlândia
Estónia
Já para não falar deste...
Espanha
E da actuação mais bizarra de todas...
Irlanda
Bom, já agora, fiquem com Portugal e comparem o tipo... (tão diferente dos primórdios dos nossos festivais)
terça-feira, 25 de março de 2008
Páscoa... e também a miúda da escola preparatoria
Quanto à miúda nortenha que entrou em discussão com a professora por causa de um telemóvel... já estou farta de ouvir falar deste assunto! Todos sabemos que os miúdos se portam mal e desrespeitam muitas vezes os professores. Eu também não fui exemplo do melhor comportamento. Aulas houve muito más... a minha turma era, em geral, mal comportada... Aquela professora de alemão do 10º ano, coitada, bem que sofreu connosco! Chegou ao ponto de nos trancar na sala e ninguém dar por isso nos primeiros 5 minutos. Ninguém ia para a rua nas aulas dela porque simplesmente nos recusávamos a obedecer a ordens como "vai para a rua" ou "muda de lugar aqui para a frente", às quais respondíamos apenas "não vou". O caos total, coitada da senhora.
Sim, hoje tenho pena da professora, que até já era velhota. Mas na altura achávamos aquilo uma diversão! Nunca se faltava às aulas de alemão! Isto numa turma que... vá, presenças não eram o que mais ali abundava...
O que se passou naquela sala de aula que apareceu no YouTube não foi a primeira vez que se passou, de certeza! Mas para evitar isso, há que impor respeito aos alunos; estabelecer regras e não tornar os processos tão burocráticos que façam um professor como este nestas circunstâncias não interpor um processo disciplinar aos alunos. Numa turma que se porta toda mal, algum deles deu o exemplo, com certeza. Se esse que deu o exemplo tivesse levado logo um processo, isto já não acontecia.
Eu considero-me uma pessoa bem educada, e recebi educação em casa. Muitos dos meus colegas desse péssimo 10º ano também. Como se explica que 20 e tal alunos se tornem todos mal educados de repente?
Quem tem culpa nisto é o aluno que assim se tornou para se integrar numa turma mal comportada, o professor que não se quis dar ao trabalho de instaurar um processo (só o fez quando apareceu na TV), ou o sistema burocrático, que, de cada vez que é preciso fazer alguma coisa, exige muito tempo perdido e permite que os encarregados de educação ainda causem mais problemas?
sexta-feira, 21 de março de 2008
quinta-feira, 20 de março de 2008
O beijo do vampiro
O meu olhar colidiu com o beijo do vampiro
Hipnotizada vi o episódio inteiro
Branca como a cal
E o vampiro igual
Lá sugou todo aquele sangue
Com um beijo de desejo
Qual beija-flor
Qual Don Juan!
Desejo como aquele eu nunca tinha vislumbrado
Embora o olhar não fosse tão apaixonado
Ar de mauzão, ar irrespirável
Presa ofegante, aterrorizada
Sexy dentição, “vou-te comer”
Com uma voracidade insaciável
Até à última gota, sorriso na boca
O ar ficou irrespirável.
O frio ainda não chegou
quarta-feira, 19 de março de 2008
A que propósito?
segunda-feira, 17 de março de 2008
Um dos momentos jornalísticos mais hilariantes de sempre
Claro que o jornalista foi despedido depois :D
domingo, 16 de março de 2008
Filme: No Country for Old Man
Saliento, antes de mais, a excelente prestação de Javier Bardem, que daqui levou um merecidíssimo Óscar. Os irmãos Coen estão igualmente de parabéns, por reinventarem a forma de contar histórias de serial killers. Aplaudo ainda a comissão dos Óscares, que me surpreendeu ao premiar um filme que tem muito pouco a ver com os típicos filmes americanos, nesta onde um pouco mais alternativa.
Longe de constar na lista dos meus filmes preferidos, No Country for Old Man (em português, Este País não é para Velhos), tem cenas sublimes, com alguns rasgos de genialidade. Os prémios que já arrecadou não são por acaso, mas os irmão Coen têm muito que agradecer a Javier Bardem. Para ver, com atenção, num dia em que saibam que o sono não se apodera de vocês.
quarta-feira, 12 de março de 2008
A vida é injusta
Vou dar em doida por não poder ver tudo, mas ok.
Olhem, e, já agora, expliquem-me. Por que é que já não ganho um jogo de Poker há tanto tempo? Ando sempre a perder, isto assim não rende... Hoje perdi num All-in com As Rei de mão - e com As Rei no flop - contra uma porcaria de um valetes qualquer-coisa (tipo cinco ou assim) de mão, cujo valete deu em sequência no River. Eu era Short Stack... Noutro jogo, também Short Stack, acabei por perder com um par de Oitos de mão... Não é que saem dois cincos na mesa e o gajo que foi ao All-in pre-flop comigo tinha a porcaria do cinco na mão?? Desculpem os termos técnicos - até me fazem parecer pró em Poker (como vêem, não sou - sempre a perder) - mas é a maneira mais fácil de explicar as injustiças pokerianas que tão frequentemente me assolam. Que azia!...
terça-feira, 11 de março de 2008
Sempre a derrapar... até cair...
Eu não sei se é só impressão minha, mas, se não me engano, ir às finanças significa, para qualquer português, umas horas bem passadas no tédio de filas de espera. Encerrar 121 repartições de finanças significa, portanto, acabar com centenas de postos de trabalho e fazer com que o acto de "ir às finanças" seja um bicho de sete cabeças ainda maior. Ainda para mais num período em que as finanças não andam boas, definitivamente.
Já as urgências não deram bom resultado (vejamos a quantidade estúpida de ambulâncias acidentadas e de doentes que não tiveram tempo de se safar) -e eu avisei. Como acharam muito bem, então porque não fechar finanças para prejudicar um bocadinho mais agora noutros aspectos?
Esta só pode ser para rir...
segunda-feira, 10 de março de 2008
Sou…
Sou a presa perseguida pelo caçador.
Sou a escrava vendida ao outro senhor.
Sou a refém para resgate do criminoso.
Sou a refugiada de um país pantanoso.
Sou a formiguinha que obedece à rainha.
Sou a cabra-cega que não vê onde caminha.
Sou a inocente condenada à prisão.
Sou a religiosa durante o Ramadão.
Sou a ave no Verão sem nada para beber.
Sou a pobre mendiga sem nada para comer.
Sou a assaltada que acabaram de roubar.
Sou a forasteira que anda à procura de um lar.
Sou a miserável a quem o dinheiro some.
Sou a manifestante em greve de fome.
Sou a vagabunda que expulsaram do hotel.
Sou a namorada ansiosa pelo anel.
Sou o rio sem leito, sem água a correr.
Sou a maluquinha difícil de perceber.
Sou a sobredotada reprovada na escola.
Sou o ladrão coxo sem conseguir dar à sola.
Sou a artista frustrada que ninguém admira.
Sou o eterno apaixonado pela casada Alzira.
Sou o gordo gozado por todos os colegas.
Sou quem prova as comidas que já estão azedas.
Sou o estrangeiro que não sabe a linguagem.
Sou o mensageiro que perdeu a mensagem.
Sou o operário que perdeu o trabalho.
Sou o único macaco que não tem galho.
Sou a multada por excesso de velocidade.
Sou o aldeão que nunca entrou na cidade.
Sou o drogado sem droga p´ra consumir.
Sou a perseguida que continua a fugir.
Sou o intelectual que ficou sem resposta.
Sou o jogador de poker que perdeu a aposta.
Sou o santo que não foi beatificado.
Sou o vencedor nunca homenageado.
Sou o prato da ementa que não levou sal.
Sou o acusado num processo de tribunal.
Sou o tímido corado perante a multidão.
Sou o trabalhador agora sem profissão.
Sou a criança a quem não compram o brinquedo.
Sou o noctívago que amanhã acorda cedo.
Sou a peça de roupa que já perdeu a cor.
Sou o coração onde não mora o amor.
Sou o motorista que não sabe o caminho.
Sou o alcoólico que já bebeu todo o vinho.
Sou o morador restante da ilha deserta.
Sou o café sem cafeína que não desperta.
Sou a maçã solitária que ninguém apanhou.
Sou o órfão p´ra adopção de quem ninguém gostou.
Sou o telemóvel que ficou sem bateria.
Sou a que ficou a tirar a fotografia.
Sou a útil inútil inutilizada.
Sou a pedra que te fez tropeçar na calçada.
domingo, 9 de março de 2008
O bairro alto vai morrer
sábado, 8 de março de 2008
Manifestação contra a Maria de Lurdes (força nisso!)
Saí do metro no Jardim Zoológico há 1hora e qualquer coisa e dei graças a Deus por não estar a entrar no metro. Que balbúrdia!, que basqueiro!, que filas imensas para comprar os bilhetes de metropolitano. São aqueles professores brejeiros que têm como função dar educação e moderação comportamental aos respectivos jovens alunos. Hum-hum. Este é um dia de protesto e basqueiro, sim... mas o que eu ouvi foi nada mais, nada menos, do que uma pura agitação por virem a Lisboa, gargalhadas que ressoavam por todo o metro, qual garotada em viagens de estudo... diria até pior do que isso, uma vez que não havia um "professor" para controlar. A animação era demasiado grande, quanto a mim, dado o propósito a que vieram. Que sejam felizes, sim senhor! Mas não acho normal tão grandes sorrisos se o motivo que os trouxe aqui foi o sentimento de estarem a ser injustiçados e prejudicados - sentimentos nada felizes. Será que este tipo de coisas lhes dá credibilidade?
Aos estudantes, nunca ninguém liga. Porque sabem, mais do que sabido, que, para a grande maioria, as "manifs" são apenas um pretexto para não ir às aulas e, em vez disso, quem sabe, ir para os copos e fumar "canhões". Se alguma manifestação estudantil surtiu efeito, eu ainda não estava cá para assistir.
Agora, por aquilo que vejo, esta manifestação dos professores também é um bocado isso. Para muitos, parece-me que a motivação é vir a Lisboa, conhecer pessoas novas, conversas animadas e uns bons garrafões de vinho e "choiras" para acompanhar... Mas isto é alguma brincadeira?? Espero que este tipo de coisas não saiam caras.
domingo, 2 de março de 2008
não liguem... apeteceu-me
Nos primórdios da vida real
Aqui estou eu
Atracção fatal
Ou outras ironias casuais
Acasos vencidos
Entradas directas no top mais
Volta aos trópicos
Não ao mundo
Jogos panópticos
Por um segundo
Estou aqui, mas não sou
O meu eu esvoaçou
Anda perdido naquilo a que chamam liberdade
Enquanto estou noutra realidade
Sou algures, estou aqui
O estou sorri
O sou perdi
Aqui sou ou tento ser
É o meu refúgio do anoitecer
E quando estou, ou tento estar
Estou com certeza a representar.
sábado, 1 de março de 2008
Presidenciais americanas
Por que razão é que os defensores de Barack Obama continuam a insistir em defendê-lo pela cor? Dizem coisas como "ele vai aceitar as minorias étnicas" ou "vai ser o primeiro presidente americano preto". Um gajo com tantas coisas boas por onde pegar... e só se fala da cor dele? Depois, claro, a Hillary acusa-o de ser muçulmano e coisas que tais. Como Jon Stewart referiu na noite dos óscares, não há-de ser fácil viver com o nome de um ditador adversário dos EUA (Hussein) e, como se isso não bastasse, ter outro nome que rima com Osama. Ainda para mais é preto, todos o sabem e fazem questão de dizer. São americanos, claro que não vêem a boa ou má política do senhor... nem da senhora Clinton. Vêem apenas que ela é uma mulher e ele é um preto. Agora, e mais uma vez subscrevo Jon Stewart, resta saber em qual dos democratas votar nas eleições presidenciais (porque o McCain... já era!).