quarta-feira, 16 de julho de 2008

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Desesperados inesperados. Quando damos conta, a vida volta atrás, a vida vai para a frente, há recuos e avanços labutados e simultaneamente inesperados. Há momentos em que decido parar para pensar. Mas tenho um medo gigante de o fazer. E daí surgem os inesperados. Certo… errado? Não interessa.
Sempre achei que é pior a sensação de nos arrependermos por aquilo que não fazemos do que por aquilo que fazemos. Até porque, se o fazemos, é reflexo de algo que queremos fazer.
Pode haver mais coisas que queremos fazer, mas, desta vez, achei por bem agarrar a oportunidade que me foi atribuída. Certo ou errado? Não sei… Talvez (muito provavelmente) o mais errado…
Estou com muito sono neste momento para poder “discernir”. Mas acho que fiz o errado mais certo. Começo a achar que me acomodo ao que vem até mim. Começo a achar que tenho poucas forças para “discernir” (e tinha que usar esta expressão duas vezes) e, pior, tenho pouca vontade de lutar por algo que se afigura tão efémero.
Cambaleio entre palavras tortas e olhares de amor. Deambulo no bulício da cidade, qual Cesário Verde, e bebo de um só trago a bebedeira da confusão que veio para ficar e se instala no meu cérebro, tirando espaço para neurónios e entropiando as mensagens que não chegam ao destinatário. O sono que me abala agora é fruto do sono que me tiraste, ó enevoada imaterialidade cerebral. Não! Não te quero maltratar. Aliás... quero! Uma vingançazinha não pode ser má. Mas não sou a brava guerreira de outros tempos. Sou uma fera amestrada sem força para se libertar das imposições sem sentido. Podes ir, sem medo, que eu não te faço mal. Mas estarei aqui ao pé e sei que tu estarás sempre comigo.

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