terça-feira, 28 de outubro de 2008

Virar à esquerda

É impressão minha, ou as recentes medidas dos governos para fazer face à crise são um tanto ou quanto comunistas? Estão-se a passar!? Sarkozy, Bush e aliados, o Eixo do Mal, está a enlouquecer... e a perder as convicções :)

terça-feira, 21 de outubro de 2008

I Weekend (AIESEC- ISCTE)

AIESEC... já ouviram falar? Se não ouviram, merecem saber do que se trata. www.aiesec.org Já estou envolvida até ao pescoço com o cargo de newie na equipa de Communication e na de Non-Corporate, numa área intercalar chamada Projects (Explorer). Quanta honra! Só este fim-de-semana já me deu muito para aprender. Formação sobre "o que é a AIESEC", sobre liderança e trabalho em equipa, tudo de forma muito dinâmica e prática. Só por isto, já valeu muito a pena. Mas também contam todas as pessoas interessantes que já conheci, portuguesas ou não, com muitas ideias para discutir e, sobretudo, a característica mais básica para a AIESEC: proactividade. Tanta actividade, que estou com gripe :X mas vai passar rápido.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Paris, je t'aime

Dias curtos, viagens longas, emoções à flor da pele, paisagem linda, muito cansaço...
Quarta-feira: Aulas às 8h, entrevista, continuam as aulas, sempre com a mala grande atrás, correria para Sete Rios e, last stop: Viseu. 4 horas depois... Ok, já agora, café com amigos que não vejo há muito. Tardíssimo! Tenho que ir para casa, mudar de mala, que esta é trôpega. Tentar dormir, ai não consigo! Despertador... já??? Corre, Helga, corre. 7 horas da manhã, ala para o Porto. 9h30, check in! Espera, ansiedade... avião! DORMIR!!! Acordo com umas trombetas e palmas (gravação da Ryanair, que parvo!). Estou em Beauvais... Falar francês para comprar o bilhete para Paris e saber como é à volta... Não me ocorre nada... Frases mal conexas! "Do you speak english? Ahhhh, great!".
Em paris, a Caroline me espera. Não há tempo para grandes sentimentalismos. Correr para casa, pousar a mala. "Jeremie is meeting us!" Choradeira, sempre em correria, para ir buscar a Sofia. Longa espera. Sensação estranha ali com eles. Sofia, choradeira, correria para pousar a mala em casa. Jantar, finalmente! A Laure vai encontrar-nos. O Carreiras também espera. Corram, corram! Voltinha pela zona de Notre Damme e depois pela área gay de Paris... Okay, este restaurante é perfeito! Bem francês, mas eu escolho comida italiana (estúpida!). Um Chardonnay a acompanhar. E amigos perdidos há muito reencontrados. Ah! Vida boa!
Em casa ainda cedo, mas amanhã é mais um dia longo. A Ari chega às 8h! Encontramo-la no metro de Châtelet. Choradeira. Vamos passear nos "Champs-Élysées". Primeiro, Louvre, Arco do Triunfo e, entre eles, o jardim das Tulherias. Depois, Ópera de Paris, subida ao terraço das Galerias La Fayete, espera com aquela paisagem brutal a chegada do Jeremie e do Carreiras. Que vertigens!!! Ah, lá vêm eles. Mc Donalds, rua das lojas caras, Louis Vitton, etc. O sítio onde Napoleão está enterrado, Les Invalides, o Gran Palais, o Petit, e vamos sentar, estamos estoirados! Vamos encontrar o Joep, a Caroline e a Isabelle, que já chegaram! Choradeira. O Louvre inside, grande tour da Caroline, e Câmara Municipal. Supermercado e de seguida, le Pont des Arts. Aí sim, choradeira! Gente nova, a Inês, a Margarida, a outra Inês, a Johana, e, muito depois, a pessoa mais esperada: Carolllll! Choradeira. Passa cá vinho, toma lá batatas fritas, dá-me um cigarro, tira-me uma fotografia, ah mais um abraço, falamos todos, partilhamos tudo, como em tempos a grande família holandesa. Até estava numa de ficar, mas... amanhã é mais um dia em cheio!
Cedo acordamos naquele T0 que acolheu 5 pessoas. Pômo-nos bonitas para o grande dia, corremos que já é tarde, mas ficamos séculos à espera da Inês... Prestes a suicidarmo-nos, a pensar que perdiamos o momento do "sim" e do beijo. A Inês lá vem, corremos, embora os saltos altos não tenham sido nada boa opção para ninguém - ainda bem que não uso disso! Ah! Olha quem ali está! Outro grupo de ex-Erasmus, atrasado, mas tudo bem. Chegados a Poissy, corremos e chegamos ao mesmo tempo da noiva radiante, mais linda do que nunca. Que bonito! Até eu estou tão nervosa. Música sentimental e... "oui!"... "oui!", repete o outro e seguem-se uma série de flashes, de suspiros, de lágrimas escondidas no canto do olho e batidas de corações fortes e energéticas. Que bonito! Vá, lá para fora, mandar pétalas e fazer mais uma sessão fotográfica. Restaurante, muitos crepes e... 3horas, temos que sair. Destino: Torre Eiffel, acompanhados de uma quantidade bastante razoável de champagne. Quais meninas de antigamente, da alta sociedade, bebericamos o champagne debaixo da torre. E estamos bem! Mas anoitece e começa a ficar frio. Jantamos o pior kebab de sempre e seguimos para "o bar dos Erasmus de Paris", alguém disse, se bem que me pareceu mito.
Domingo... É o meu último dia! Não pode ser!
Okay, manhã reservada para o Pompidou, só com tugas. Ao almço o Jeremie junta-se a nós. Musée d'Orsay! Não há tempo a perder! Tudo lindo, fantástico, com obras de arte que eu nunca pensei vir um dia a ver o vivo. Seguimos depois para Montmartre. Sacré Coeur, vista fenomenal, o sítio dos artistas e das caricaturas, o café de Amélie Poulin e o Moulin Rouge, e encontramos mais uns do grupo. Claro, parando para um verdadeiro crép nutella parisiense. É cedo. Seguimos para um bar com música ao vivo. Tão cedo? Pois, mas o bar já está muito cheio. O homem japonês anima as hostes. Uma hora depois: "ah! isto tem música ao vivo!", "A sério?" lol

(como devem ter reparado, escrevi isto com muita, muita pressa... deve haver por aí uns erros, mas não podia deixar de partilhar um dos fins-de-semana mais bonitos - e mais caros - da minha vida... que saudades!)

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Até segunda!

Até à próxima segunda-feira, este blog não será actualizado. Mas, quando voltar, terei coisas maravilhosas para contar. Muitas, muitas coisas do casamento da Carol, da reunião de Erasmus e da visita a Paris. Wish me luck!!! Até para a semana!

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Já são 150

Nunca pensei, mas cheguei hoje à 150ª postagem!!! Achei sempre que, por esta altura, já tivesse passado o prazo de validade deste blog. Já lá vão 150 postagens. Incroiable!

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Não percebo

Não percebo, num mundo tão cheio de coisas para fazer, a ideia de passar horas a ver... hi-5! "Esta é tão feia! Olha a roupa dela! Ah, tem tantos amigos!" Expressões normais em quem se dedica a este tipo de actividades extremamente frutíferas. Não sei em que pode isto contribuir para a felicidade, a evolução, a formação, o que quer que seja das pessoas. Para mim, as redes sociais têm poucas coisas boas. Na sua génese, funcionam como uma maneira de encontrar amigos perdidos no tempo e manter contacto com eles. Normalmente, funcionam como um incentivo à futilidade, ao narcisismo, ao engate de baixo nível e à estupidez ou estupidificação. Será que vim de Marte, para não entender o encanto de coscuvilhar a vida dos amigos dos amigos dos amigos ou de expôr demasiadamente a própria vida?

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa

Voltei à faculdade. É incrível como, ainda que já tenha passado por esta experiência, tudo me parece novidade. Não, não ando lá metida nas praxes, que já não tenho paciência para essas coisas. Não, não ando avidamente à procura de novas amizades por que isso me parece apenas um factor de distracção. Não, não fujo dos professores formais e arrogantes porque agora todos me parecem extremamente simpáticos e relaxads, quase como se estivesse no liceu.
Vou à faculdade cheia de vontade, para ir às aulas e aprender as coisas interessantíssimas que lá têm para me ensinar. Já não me apetece fazer gazeta na esplanada, isso agora parece-me perda de tempo. E já participei em mais aulas esta semana do que nos 3 anos de faculdade que já tinha feito antes. Os professores não se limitam a despejar matéria e demonstrar a sua superioridade intelectual. Pelo contrário! Contam histórias relacionadas com a matéria só para nos motivar e insistem para que os alunos tenham um papel activo nas aulas. Querem acompanhar-nos no nosso percurso académico e profissional. E raras são as situações de desprezo pelos alunos, coisa à qual eu estava habituada.
Por isso, não me sinto de volta à faculdade. Sinto-me de volta ao liceu, mas num liceu mais intensivo e em que eu estou muito mais empenhada e interessada. Os coordenadores do meu curso cumprimentam-me quando passam por mim! Se for preciso, convidam os alunos para almoçar com eles! Sabem os nomes dos alunos, fornecem-lhes os e-mails pessoais e mostram-se disponíveis para ajudar a resolver qualquer problema dos alunos.
Há problemas nesta minha nova faculdade, claro que sim! A secretaria consegue ser ainda pior do que aquela a que eu estava habituada, além de que é uma confusão estudar num curso interdepartamental. Mas, pelo menos, as pessoas são muito mais humanas, incentivam o conhecimento e fazem-nos gostar de ir à faculdade. É preciso pedir mais? Por que não acontece isto em todo o lado? Terão as pessoas de ser frias e rudes para impôr respeito? É assim que se formam bons profissionais? Sinceramente, nesta semana de inícios de estudos, já noto diferenças em mim, nomeadamente, nos meus interesses, pois sinto-os muito mais abrangentes. E, claro, num início de ano lectivo, as pessoas estão sempre mais empenhadas...

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

As coisas mudam

Fiz um balanço do último ano para perceber o que mudou na minha vida. E, basicamente, deu muitas, muitas voltas, mas agora está semelhante àquilo que estava no ano passado. A nível profissional, financeiro, académico, amoroso, a todos os níveis. Foi como dar uma volta ao quarteirao, e começar agora uma nova volta ao mesmo quarteirao, embora mais conhecedora.
Já pisei estes trilhos, estou a ter um dejá-vou! Mas agora encaro tudo com mais alguma maturidade. Até nas aulas! Virei uma crominha :) com muito orgulho!

p.s. - nao encontro os tis (ou tiles, como queiram) no meu novo netbook

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Para quê?

Para quê acordar e ver um mundo virado ao contrário, cheio de injustiças e desmotivações sociais?
Para quê acordar e esperar o desconhecido ou o conhecido entristecedor?
Para quê acordar com uma vista panorâmica para a maldade e o chicoteamento penal?
Para quê acordar e ser punida por uma alta autoridade para o fim da liberdade democrática?
Para quê acordar se não tenho o factor C, se se me acabou a criatividade e despedi a força de vontade?
Para quê acordar, para sofrer danos psíquicos e pagar para poder (assim) viver?
Para quê?

domingo, 14 de setembro de 2008

Conselho cibernáutico

Mesmo no mundo cibernauta, há fases. Ando na fase de LastFM. Este site está mesmo bem concebido... Tenho vindo a descobrir muita música por aqui, através da busca que me traz artistas semelhantes aos meus preferidos. Aconselho a todos.

Bom dia!

Passei só para desejar bom regresso às aulas a quem as tem! :) Boas matrículas, boas filas de espera, bons professores, bons estudos, boas cábulas, boas borgas... No geral, bom dia para todos!

sábado, 13 de setembro de 2008

O quinto elemento

Caminhava à beira mar. Olhava as ondas enroladas, que lhe embatiam nos pés e enregelavam o corpo. A toalha abrigava-lhe os ombros fazendo parar o vento enquanto suspiros incontornáveis lhe fugiam do coração. Titubeante, vacilava entre sentar-se ou mergulhar e por isso continuava a andar.
Ao longe, avistou uma tribo com fogueiras e gritos índios, dançando e cantando palavras grunhidas, incompreensíveis. Os sinais de fogo mostravam desenhos no ar, qual fogo de artifício de Vila Branca, que lhe inundava as memórias da infância. Um céu desenhado assustadoramente, com estalos de explosão e caras feias de vudú, fizera-lhe ocorrer voltar atrás no seu percurso. À primeira meia-volta, foi derrubada por uma onda que resolveu impôr a sua força. Levantou-se para dar mais meia volta. Afinal, voltar atrás não teria sido uma boa decisão. Mas a tribo em celebração, certamente, não gostaria de ser incomodada.
Presa entre àgua, fogo, terra e ar e aprisionada num mundo de incertezas performativas. Ali ficou, sem saber para onde ir. Estava cansada, decidiu sentar-se. Esperava alguém para a salvar e recorria à toalha para a abraçar.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Mega-preços de Verão prolongado do país

Os preços das coisas andam a chocar-me muito. Nos últimos tempos reparei nas coisas que mais encareceram:

- Uma fotocópia (eu tirei sessenta) na Praça do Chile: 0.10€ ---- 20 escudos!!!

- Um pão na padaria dos Anjos: 0.35€ ---- 70 escudos!!!

- Um arrumador de carros (que ainda reclamou!): 0.50€ ---- 100 escudos!!!

- Um litro de gasóleo na Galp: 1.32€ ---- 264 escudos!!!

- Um café no novo Amo-te Lisboa: 1.60€ ---- 320 escudos!!!

- O maço de tabaco mais barato: 3.00€ ---- 600 escudos!!!

- Uma imperial no CCB: 3.10€ ---- 620 escudos!!!

- Azeite Virgem Extra Clássico Suave Oliveira da Serra (1 litro) no Continente: 4.25€ ---- 850 escudos!!!

- Um menú Big Tasty no McDonalds: 5.40€ ---- 1080 escudos!!!

- Um gelado da Haagen Dazz: 6.20€ ---- 1240 escudos!!!

- Um bilhete de comboio Lisboa-Viseu em inter-cidades (2ª classe): 15.50€ ---- 3100 escudos!!!


Isto só pode ser crime. Usurpação de poder, pelo menos, não?

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Gargalhadas do YouTube

Cinco dos vídeos mais c´micos do YouTube:

Chineses aprendem inglês

Hey Marine!

Americanos não são estúpidos

Ken Lee

O cromo dos Ídolos e a Super Bock

Professores respondem à letra

Professores das escolas portuguesas foram escolhidos aleatoriamente para responder a um inquérito via e-mail. A pergunta foi "O que vai fazer para melhorar a escola?".
As respostas são boas indicações do descontentamento dos professores relativamente às políticas educacionais do governo. Esta pergunta estava mesmo a pedi-las! Vejamos algumas belas respostas, das mais representativas desse descontentamento consensual.

"Com um governo a expor-me como "a Doença a Tratar da Escola Pública" é muito difícil estar motivado para algo mais. Tentarei sorrir, talvez…Maurício Brito, 38 anos, professor de Educação Física do ensino secundário

Fazer o contrário do que a equipa ministerial pretende e ensinar literatura aos meus alunos, conduzindo-os a um sucesso real nos exames nacionais. Fátima Inácio Gomes, 40 anos, professora de Português, secundário

Este ano, para melhorar a minha escola, irei percorrer mais de 120 quilómetros diários... José Paulo Santos, 39 anos, professor de Português e Francês, no 3º Ciclo e Secundário

Vou trabalhar pensando que devo exigir o respeito, a dignidade, as condições de trabalho para toda a classe docente, que se perderam pelas péssimas políticas que temos tido, não compactuando com o facilitismo, com a estatística e com o folclore. Maria da Glória Costa, 47 anos, professora do 3º Ciclo e Secundário

Esforçar-me-ei no sentido de influenciar a classe docente e os eleitores em geral, de molde a que seja possível, já em 2009, varrer da condução da política educativa do país um funesto conjunto de personagens, que fizeram da arrogância incompetente o seu modus operandi. Octávio V Gonçalves, 45 anos, professor de Filosofia, Psicologia e Área de Projecto, secundário

Neste país (e Escola) de fantasia, pretendo melhorar estatísticas e aprovar, com nota máxima, todos os alunos!!! João Cristiano Cunha, 34 anos, professor de Educação Musical, 2.º Ciclo

Querem afogar-me em papeis mas vou nadar contra a corrente para continuar a ENSINAR e APRENDER. Fernanda Carvalhal, 56 anos, professora de Matemática, secundário

Durante este ano vou trabalhar como se a Ministra da Educação não existisse; vou ser simplesmente professor. António Marcos Tavares, 53 anos, professor de Filosofia, secundário.

Este ano lectivo vou ensinar e educar os meus alunos como sempre, utilizando os poucos meios disponíveis, sacrificando a minha vida pessoal e familiar, faço 300 km diários, fazendo o melhor que puder e dando tudo de mim porque adoro-os. Tiago Soares Carneiro, 33 anos, professor de Educação Física, 3º ciclo

Este ano concentrarei os meus esforços na desconstrução do modelo de avaliação do desempenho docente, do novo modelo de gestão, do estatuto do aluno, em particular, e do Governo, em geral – por uma escola melhor! Margarida Correia, 43 anos, professora de Português, secundário

Lamentavelmente, menos do que o que fiz em cada um dos meus 20 anos de serviço. Vou estar ocupada com o processo excessivamente burocrático e inadequado da avaliação de professores. Teresa Ferreira, 42 anos, professora de Matemática, 3ºciclo e secundário

Apesar de todos os desmerecimentos, condicionantes e imposições laterais à minha actividade, procurarei arranjar tempo para cumprir a minha verdadeira missão. Ana Magalhães, professora de Geografia, 3º ciclo

Nada, pois não consigo descontaminá-la do Governo! Paulo Carvalho, 38 anos, professor de Educação Visual e Tecnológica, 2.º ciclo

Desburocratizar... burocracia, do francês bureaucratie: modo de administração em que os assuntos são resolvidos por um conjunto de funcionários sujeitos a uma hierarquia e regulamento rígidos, desempenhando tarefas administrativas e organizativas caracterizadas por extrema racionalização e impessoalidade, e também pela tendência rotineira e pela centralização do poder decisivo... Alexandre Santos, 30 anos, professor de Educação Visual e Tecnológica, 2ºciclo

Vou fazer o que sempre fiz e mais uma coisinha: lutar, com todas as minhas células, para derrubar esta política educativa e os seus macabros protagonistas! Luís Costa, 48 anos, professor de Português e Francês, básico e secundário

Vou Votar no PSD! Ricardo Silva, 38 anos, professor do 3ºciclo e secundário

No meio do ambiente burocratizado, facilitista, anti-democrático e desajustado em que o Ministério da Educação colocou a escola pública, vou tentar dar (boas) aulas. Jorge Freixial, 46 anos, professor de Educação Visual e Oficina de Artes, 3.º ciclo

Este ano vou ignorar a ministra para melhorar a escola. Maria Barros, 41 anos, professora de XXX, 3º ciclo e secundário

Durante o ano lectivo vou almoçar diariamente com a presidente do executivo para ter excelente na avaliação (com professores excelentes a escola melhora). Marco Pereira, 38 anos, professor de Educação Física, 2º Ciclo.

Uma vez que, mais um ano não tenho escola, vou procurar uma que me deixe melhorá-la, quer seja nas AEC's ou mesmo em apoio extra-escolar aos seus alunos, sim porque um lugar cativo não me é permitido, pois ainda não sou sócia de clube de futebol, caso contrário já teria um dragon seat ! Carla Sofia Coelho, 25 anos, professora de 1.º ciclo

Para melhorar a escola, vou: planificar, preparar, dar aulas, preencher papelada inútil, organizar visitas de estudo e actividades, elaborar, imprimir e corrigir testes em casa, ir a reuniões fora do meu horário de trabalho, convocar e presidir a reuniões do Conselho Geral Transitório, receber encarregados de educação, tirar faltas, abrir livros de ponto, fazer matrículas e turmas, dialogar pacientemente com os avaliadores (esta é nova), fazer relatórios, classificar exames nacionais, fazer fichas para os alunos com mais dificuldades, ser conselheiro e confidente dos alunos, ler a legislação contraditória da ministra com paciência... Felizmente vou continuar sem ter de escolher manuais por causa da confusão da TLEBS. Jorge Almeida, 35 anos, professor de Língua Portuguesa, 3.º Ciclo

Este ano vou dar aulas como sempre dei mas vou ter que engolir muito mais “sapos” vivos a bem da nação. Luísa Lopes, 53 anos, professora de Português e Francês, 3º ciclo e secundário 

Enquanto o papel de professor como pessoa que transmite conhecimento não for definido e assimilado pelo Ministério da Educação, a única coisa que pode ser melhorada, será o aspecto gráfico das toneladas de relatórios desnecessários preenchidos pelos professores. Com que utilidade? José Augusto Oliveira Peito, 29 anos, professor de Físico-Química, 3º Ciclo

Nada! Este ano não vou poder fazer nada para melhorar a escola. Devo esclarecer que isso não me orgulha. É, pelo contrário, muito decepcionante. Gostaria imenso de poder contribuir para a melhorar, mas a verdade é que ela, depois da corajosa reforma educativa por que passou recentemente, está absolutamente perfeita e, portanto, teoricamente indisponível para aceitar qualquer melhoria…João de Miranda Maranhão, 57 anos, professor de Inglês, secundário

Terei que lutar, fazer greve, em defesa da Escola Pública democrática. António Ramos, 54 anos, secundário

Temo que nada. Continuarei a dar o meu melhor como sempre o fiz, mas sinto que as minhas energias serão consumidas no processo burocrático da avaliação de 91 docentes de um departamento pelo qual sou responsável. E.Videira, 57 anos, Matemática e Ciências Experimentais, secundário

Lutarei pela criação de condições na Escola pública que permitam a formação de seres pensantes e com capacidade de amar, contra a escola dos robôs, pela retirada de todas as contra-reformas da União Europeia e da assinatura dos dirigentes sindicais do “Memorando de entendimento” assinado com o Ministério da Educação. Carmelinda Pereira, 60 anos, professora do 1º Ciclo

Impedir que as trapalhices burocráticas se transformem em armadilhas pedagógicas.
(A ideia é alertar para as bizarrias, incongruências e erros do Estatuto do Aluno, do novo  Regime de Autonomia e Administração das Escolas e da avaliação do desempenho dos professores). Carlos Machado, 38 anos, professor de Português, secundário

Talvez mentir, talvez mentir..." Teresa Figueiredo, 44 anos, professora do 3.º ciclo e ensino secundário

Aperfeiçoar o actual modelo de avaliação de desempenho dos professores de modo a que, já que ele veio para ficar, se minimizem os prejuízos para a autonomia profissional dos professores e para os resultados dos alunos. Francisco José Alves Teixeira, 41 anos, professor de Filosofia, secundário."

Direita perdida

O PP está a dar as últimas, pois é. Mas o PSD está um completo caos! Luís Filipe Vieira volta à carga e enterra o próprio partido com críticas duras à sua líder. Bem bastavam as críticas da oposição... As coisas já estavam más o suficiente! Não era preciso os de dentro começarem a alinhar na onda de ataques a Manuela Ferreira Leite!... What's the point?
Eu, que vaticino o futuro, digo que só um novo partido de direita salvará esta facção partidária. Não quero propriamente salvá-la, eu que até nem sou a maior fã da direita portuguesa. Apenas prezo a diversidade e a pluralidade ideológica nos meandros políticos como em qualquer outra circunstância.
Enquanto isso, o PS encosta-se cada vez mais à direita e a concorrência começa a ser "desleal". Tenho, mais do que nunca, curiosidade em ver como correrão as próximas eleições. É que, por pior que o nosso governo actual se porte, parece que consegue ser menos mau do que os outros e, por enquanto, é óbvio que vencerão. Ou será que o PSD nos vai surpreender com uma grande reviravolta no partido? Acho difícil... Agora, a novidade vão ser os partidos mais pequenos. Algo me diz que PCP e Bloco vão conquistar mais eleitores do que o habitual...

Os programas mais populares da TV generalista

Só uma pequena questão. Há mesmo alguém que ache piada ao pato insuportável junto do cota cromo da Fátima Lopes? Mas... porquê?? E, já agora... já que isto de ter só os quatro canais de generalistas não me deixa grande margem de manobra e os programas tipo Fátima Lopes inundam a minha casa, o que vem a ser esta modinha ridícula de cantar os números de telefone que as pessoas têm que marcar, sempre com músicas mesmo muito más?
Ah! E o que deu na cabeça da pessoa responsável por isso para pôr a Maya a apresentar o programa Contacto?? O mundo anda perdido!!!

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Pela costa alentejana

Voltei rejuvenescida depois de uns dias de acalmia na costa alentejana. Poucas pessoas, num início de Setembro pouco convidativo, e muito relaxamento. Não tinha noção de que praias quase desertas eram tão inspiradoras... Tenho pena que já não me cheire a mar e que os prédios altos tenham regressado. Por mais que me tenha andado a queixar antes de que não se passava nada, era mesmo isso que eu precisava...

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Bloggers = Jornalistas?

Aqui eu escrevo o que eu quero, como quero. Às vezes até nem quero, mas apetece-me. Aqui eu divulgo o que eu quero, como quero. Normalmente, não é um querer muito forte... Apetece-me! E posso, e quero, e mando. Livremente, sem censura, sem (re)pressões, sem responsabilidade.
Ora... Poderá um blog ser considerada uma forma de exercer jornalismo? É uma óptima fonte de informação! Tendencial, está claro. Mas, por amor de Deus... Como podem os bloggers ter os mesmos direitos dos jornalistas, se não têm os mesmos deveres??
É um tema controverso. Será que me está a escapar alguma coisa? Descobri hoje que os partidos políticos estão a atribuir muitos direitos aos bloggers, iguais ou muito semelhantes aos dos jornalistas... À excepção do PCP (o único que faz uma distinção muito clara entre bloggers e jornalistas), os partidos mais conhecidos atribuem credenciais aos bloggers, muitas vezes sem uma avaliação prévia dos blogs. PS, PSD, BE e PP estão a fazer uma confusão qualquer, talvez sem noção da vastidão da blogosfera.
Parece-me que isto não vai correr bem, até porque há tantos bloggers que os espaços para jornalistas (e bloggers, em muitos casos) vai ter que ser muito aumentado, pelo menos a avaliar pela quantidade de blogs portugueses que existem... Como vão eles descalçar esta bota? E se apetecer a um blogger, sem responsabilidade, disparatar maldades sobre estes partidos?
Enquanto blogger, acho isto extraordinário. A possibilidade de exercer funções jornalísticas sem se reger por nenhum código deontológico é formidável. Enquanto jornalista, acho isto inacreditável. Onde vai parar o jornalismo?

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Asus Eee PC 901

Estou ansiosa! O computador feito à minha medida. Vou hoje comprá-lo!

http://eeepc.asus.com/global/901.htm

I love it! Só a ideia de poder transportá-lo com facilidade dá-me uma grande satisfação. Leve, portátil e com tudo o que considero essencial... Muito mais barato do que um pc normal.

domingo, 31 de agosto de 2008

Assim vou ser feliz!

De volta ao desemprego total, dá-me vontade de fazer tantas, tantas coisas... Tantos sonhos por concretizar!... Na verdade, não estou preparada para fixar a vida e manter-me subjugada a uma rotina diária. Por isso, os planos agora são fazer mais e diferente. Fiz uma lista na minha mente, que já tem vindo a ser construída há muito tempo, e organizei o meu plano de ataque à felicidade. (suspiro) Vou tornar-me tão conhecedora!

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Estudantes de Viseu

Tenho um "je ne sais quois" por tunas. E as duas tunas da minha cidade (será que há mais do que estas?) deixam-me orgulhosa por ser viseense. Agora, só me falta ser gajo, ser estudante, e estudar em Viseu... Juro que também ia lá para estas coisas das tunas! São cheias de espírito! Gosto! Infantuna e Tunadão, a seguir, nos vídeos.



Afinal não foi só os Jogos Olímpicos

Bem, acabei de ver esta declaração do C. Ronaldo, que certamente me passou ao lado na altura d Euro 2008: "Acha que eu preciso de trabalhar? Eu preciso é de descansar!"... Não serã declarações em tudo semelhantes às do Marco Fortes?






E lembrem-se que Portugal, em futebol, nem sequer "atingiu os mínimos" para ir aos Jogos Olímpicos...

terça-feira, 26 de agosto de 2008

O meu post mais estúpido de sempre

Engoli os sentimentos. Engoli-os a todos. Nada como uma vida desprovida de sentidos maus. I feel soooo freeeeeeeeeee!!!
"Boooolaa braaancaaaa: O Vazio faz a revienga e ultrapassa o Mal Cheio, ocupando agora o top animal. E é golo, é golo, golooooooooooooooooooooooooo!!!!!! GOOOOOOOOLLLLOOO do vaziiioooo! O público no Estádio do Organismo manifesta-se. Está fora de si, numa espécie de euforia da alma levitacional. A equipa da Apatia recuperou e passa para a frente no marcador graças a este grande Vazio. Apatia 3 X Escuridão Sentimental 2!!!"
Acho que estou a ficar doida!!! :X

domingo, 24 de agosto de 2008

Adeus Jogos Olímpicos

Pequim 2008 já terminou, dizem que com a pior prestação de sempre dos portugueses. Depois das duas desistentes, depois da frase já célebre "de manhã é para ficar na caminha", depois de um lutador Gustavo Lima deixar a modalidade da vela e da desilusão com os supostamente grandes Francis Obikwelu, Naide Gomes (embora tenham estes nomes estrangeiros) e outros como a Telma Monteiro(esta já com um nome mais tuga), nuns Jogos Olímpicos em que nem a nossa pentacampeã Vanessa Fernandes conseguiu o ouro e os portugueses ficaram geralmente classificados na segunda metade da tabela, acredito que tenha mesmo sido a nossa pior prestação de sempre.
E os portugueses reclamavam: "Tiram-me dinheiro para eles irem lá passear", "Se estão bem na caminha, então vão lá fazer o quê?", "Eles recebem demasiado dinheiro para isto...". Claro que toda a discussão abrandou quando a nossa última esperança, Nélson Évora, alcançou o primeiro lugar do pódium com os seus 17.67 metros no triplo salto. Foi por muitos apelidado de "Salvador da Pátria", nome com o qual eu não concordo. Concordaria com um "Salvador dos atletas olímpicos", isso sim. Apenas devolveu confiança aos portugueses e defendeu o bom nome dos atletas, mas não salvou a pátria de se afundar em Pequim. Fez tudo o que pôde e, embora esteja, sem dúvida, de parabéns, já vi Évora saltar mais longe.
Envoltos em polémica, estes Jogos Olímpicos, por sua vez, bem podem ser considerados uma grande desilusão. Não só para os portugueses, tão perdedores, como também para o resto do mundo. Fala-se em árbitros e júris com alguma tendência para favorecer a China. Houve a polémica com as idades das acrobatas chinesas. Isto já sem falar da fantástica ilusão de óptica na inauguração dos JO, que, afinal de contas, foi feita a computador. É estranho que haja tantas falcatruas alegadamente cometidas pela China.
Por isso, Portugal não foi o único país a perder. Fomos todos. Esta foi mais uma mancha no sinuoso percurso dos Jogos Olímpicos e não será apagada. Não pela prestação dos nossos atletas - se me pagassem para ir a Pequim fazer desporto, confesso que eu estaria mais interessada em ver as vistas do que em correr e saltar. Mancha inapagável na história, sim, porque cheira a farsa e porque vai contra os princípios básicos que originaram estes jogos: união, desportivismo e camaradagem. Não assistimos a um hino ao desporto, mas sim, das duas uma, ou a uma série de contestações de maus perdedores ou à corrupção do país anfitrião.

Não dêem importância a isto

Tantas pessoas no mundo. Tantas multidões, tanta agitação, tantos carros, tantas casas, tantas famílias, tantos eventos, tantas ocupações, tantos objectos, tantas estradas, tantas notícias, tantos animais, tantos ventos, tantos raios de sol, tantas plantas, tantos jogos, tantas coisas, tantas palavras... Como pode alguém sentir-se só nesta dialéctica imparável de relações?
Tenho um segredo. Um segredo é o que nos faz isolar-nos do que resta no mundo. Mas há segredos que nem o maior desbocado consegue transmitir. Há segredos chamados sentimentos. Nunca tive jeito para sentimentos nem dúvidas existenciais. Sempre os evitei, apegando-me a outros factores da vida. Agora não tenho como escapar-lhes. Pois não tenho mais nada a que me apegar. O que falta acontecer? Às vezes, gostava de ser bruxa e adivinhar o futuro. Pelo menos, não surgiam dúvidas sobre o que fazer. Alguém quer ser meu mestre da arte divinatória? Tenho a certeza que não. Eu seria má aprendiz. Por isso, a pergunta não passa de retórica. Por mais que eu goste de filosofia, odeio as perguntas retóricas que me inundam o cérebro pequenino, ocupado com apenas uma coisa. E não consegue pensar em mais nada...

sábado, 23 de agosto de 2008

Noites de Inverno

Está escuro. É a negritude plena que faz perorrer um arrepio na espinha frágil e desampara a criança na vida sangrenta, quase vampírica, numa noite de nevoeiro de Inverno em que fugia dos lobisomens e outros monstros terroríficos. Ela fugia assustada. Agora, a criança vira-se contra eles e vai à luta, embora a noite nunca tenho estado tão fria e enevoada, sem nem sequer ter a lua para a apoiar.

domingo, 17 de agosto de 2008

Fenómeno

Depois de uma semana de praia... o meu tom de pele continua mais claro do que a própria areia... tirando eu, toda a gente ficou preta!!!

Saturday Night Drunking Dreams

Há amigos que são para a vida. Há Aqueles amigos. Aqueles sem os quais já não conseguimos imaginar a nossa vida a acontecer. Os amigos das férias, das borgas, das partilhas, das trocas, dos encobrimentos, dos mesmos pensamentos, dos aparvalhanços, das conversas filosóficas, da entreajuda, do espírito de sacrifício, os amigos de "Saturday Night Drunking Dreams", "And so it is..." ou do que for. Aconteça o que acontecer, imaginamo-nos velhinhas, aqui, na Pérsia, onde for, nas nossas reuniões de sábado ou de férias, quase como as meninas do Sexo e a Cidade.
É o que eu mais gosto nas férias. Na "Vagues" podemos cimentar a nossa amizade, colori-la de novas aventuras, novos pormenores, retocá-la e poli-la para que nada se estrague. Quem diria, há tantos anos atrás, que hoje tudo continuaria na mesma entre amigas. Sem stresses, sem disputas, mas sim com o mais puro sentimento de amizade ao qual nem sempre conseguimos dar valor. Agora sim, gravamos os nossos momentos para sempre e encontrar-nos-emos eternamente num sábado à noite perto de nós. (E vocês não conhecem o meu blog hihihi)

Sines

É por isto que eu gosto de festivais de Verão. Desde andar mal vestida e pouco limpa, às noites muito mal dormidas, passando pelos almoços e jantares improvisados e mesclados com o Camping Gás. E, claro, o que nunca podemos esquecer são os encontros inesperados - desta vez, os Erasmus, as gregas, o “Mr. Rawal”, vários amigos que não encontrava há muito e os vizinhos mal ou bem-humorados, que também ficam na história do FMM Sines 2008.
Como estreante neste festival, tenho a dizer-vos que estou espantada com a organização, com a boa música, com os espaços dos concertos e com a vontade que eu tinha para ficar tão mais tempo… Muito frio - nada que um vinho bem tuga não apague - e, acima de tudo, boa disposição. E, para quem, como eu, vai para ver as vistas, o FMM Sines é muito económico! Sim, apanhei um escaldão que quebrou toda a minha alvura e fui picada por insectos. Sim, o Carreiras é muito chato J . Sim, o “man” do Bloco de Esquerda era um atrasado mental e muito má onda. Sim, tive medo do homem que nos queria bater por não aceitarmos imperiais (lá tivemos que aceitar…). Mas são todas as aventuras, boas e más, que, mesmo com o Carreiras presente J, me deixam dizer que Sines foi lindo, lindo, lindo a triplicar, e que, para o ano, quero repetir a experiência, mas por mais tempo.